Aos 55 anos de seu nascimento, Eduardo Campos segue a inspirar luta por um país melhor

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Esta segunda-feira (10), data em que o ex-governador de Pernambuco e ex-presidente do PSB Eduardo Campos completaria 55 anos, traz à memória o legado deixado pelo socialista que foi um dos mais preparados líderes políticos do Brasil.

No momento em que o país supera a triste marca das 100 mil mortes, causadas pela gestão catastrófica do governo Bolsonaro diante da crise da pandemia de coronavírus, o exemplo de Eduardo de luta por uma sociedade mais justa e sua expectativa de ver um Brasil melhor servem de inspiração aos que não desistem de buscar dias melhores.

“Fiel ao povo mais humilde, ele sonhava com um país desenvolvido e igualitário, com oportunidade para todos, e acreditava ser possível fazer essa transformação em nosso país. Esse sonho de liberdade e emancipação cidadã nos orienta a todos nós, socialistas, e deve seguir a inspirar muitos brasileiros até que se torne uma realidade”, afirma o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

Em pouco mais de 30 anos, o economista formado pela Universidade Federal de Pernambuco foi deputado estadual e federal, secretário de Estado, governador reeleito e ministro da Ciência e Tecnologia, além de ter presidido o PSB entre 2005 e 2014.

Nascido no Recife, Eduardo Campos era filho do poeta e cronista Maximiano Accioly Campos, da ministra e vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes. Casado com a economista Renata de Andrade Lima, teve cinco filhos: Maria Eduarda, João, Pedro, José e Miguel.

Em sua trajetória política, os socialista combinou a coerência com a tradição política democrática e popular – cuja principal referência foi seu avô, o ex-governador Miguel Arraes -, com um perfil inovador na vida pública. Tanto no parlamento como no executivo, ele soube colocar em prática a defesa das bandeiras históricas socialistas, com ações transformadoras e se tornou um expoente de sua geração.

Em 2003, como ministro de Ciência e Tecnologia, reelaborou o planejamento estratégico da pasta, reorientou os programas espacial e nuclear brasileiros, aprovou a Lei de Inovação Tecnológica e ainda a Lei de Biossegurança, permitindo a pesquisa científica com células-tronco.

No governo de Pernambuco, implantou uma agenda progressista na área social, invertendo prioridades do Estado, e garantindo alto impacto social com programas como o Pacto pela Vida, o Mãe Coruja Pernambucana, o Todos por Pernambuco e o Chapéu de Palha Mulher. Os três últimos reconhecidos internacionalmente.

Mas foi a educação pública sua contribuição política mais relevante, com recordes de investimento e iniciativas inovadoras no país como a remuneração extra aos professores que obtivessem melhor desempenho de seus alunos. Em sua administração os investimentos na área saíram de R$ 1,6 bilhão (2006) para alcançar R$ 4 bilhões (2013), ano no qual o ensino médio do Estado já era o 4° melhor colocado do Ideb. A evasão, por sua vez, caiu para 3,5% ― menor taxa do País.

O fato de hoje Pernambuco contar com a maior rede de educação em tempo integral do Brasil e liderar nacionalmente no critério de horas/aula, com média de 5,6h por dia, é outro resultado do empenho de Eduardo Campos em proporcionar uma educação pública de qualidade em seu Estado. A Educação Integral em Pernambuco tornou-se Política Pública de Estado em 2008.

Os programas que implantou na educação do Estado permanecem não apenas atuais, mas um modelo para a educação nacional que passa por um momento de total descaso e descoordenação política. Eduardo enxergava a educação como o recurso mais básico para a cidadania e a reconstrução do país.

A economia também avançou durante suas gestões, com índices de crescimento superiores à média nacional, graças principalmente a investimentos nacionais e internacionais estimulados por políticas governamentais.

Não por acaso, o governo de Eduardo Campos em Pernambuco foi avaliado como ótimo ou bom por 58% da população (CNI/Ibope); 76% aprovaram sua forma de governar e 68% confiavam nele. Entre os 11 Estados pesquisados, Eduardo foi o governador considerado o mais popular.

Em 2014, quando sua candidatura à presidência da República crescia à medida em que mais brasileiros o conheciam e passavam a admirá-lo, a trajetória de Eduardo Campos foi interrompida, numa manhã nublada de 13 de agosto, em um acidente aéreo, em Santos, no interior de São Paulo.

Assessoria de Comunicação – PSB Nacional