Em entrevista, o líder do PSB destacou a garantia de vacina e o retorno do auxílio emergencial como prioridades para 2021

Nesta semana, o novo líder do PSB na Câmara, deputado Danilo Cabral (PSB-PE), destacou em entrevista ao Blog do Magno Martins, de Pernambuco, os principais desafios a frente do cargo. “A Liderança deve consolidar o papel do PSB como um partido que vem desempenhado uma oposição ao governo Bolsonaro, mas com responsabilidade diante do momento que o país atravessa”, disse. Na pauta do Congresso o socialista afirmou que as duas prioridades devem ser a garantia de vacina para todos os cidadãos brasileiros o quanto antes e a proteção social com o retorno do auxílio emergencial. “Só voltaremos a normalidade quando a população brasileira estiver vacinada, protegendo a vida das pessoas e dando condições da economia reaquecer.”

De acordo com Danilo, o governo não tem sido transparente e não há uma manifestação formal de retorno do auxílio. “Quando defendemos a renovação do auxílio emergencial, nós apresentamos uma proposta para o seu financiamento. Se o problema é fiscal, o governo tem como resolver isso: basta que ele dê sequência, como muitos países já fizeram – o próprio FMI já recomendou – e que sejam taxadas grandes fortunas e lucros e dividendos”, afirmou. O parlamentar citou estudo feito pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais que aponta um potencial fiscal de quase R$ 300 bilhões se o Brasil promover ajustes no sistema tributário. “Certamente, isso será discutido na reforma tributária, mas antes disso, precisamos encontrar esse espaço fiscal para garantir o pagamento do auxílio emergencial”, acrescentou.

Na entrevista, o líder do PSB defendeu a instalação do processo de impeachment do presidente Bolsonaro para que sejam discutidos os pretensos crimes de responsabilidade que deixaram a sociedade estarrecida. “O PSB tem profundas críticas em relação à condução que vem sendo feita pelo presidente. Especificamente nesse caso da pandemia, nós vimos uma condução que vai contra tudo aquilo que a ciência dizia do que deveria ser feito, desde a negação da pandemia, da prescrição de medicamentos que não têm eficácia nenhuma, do estímulo ao rompimento do isolamento social, até essa questão que ocorreu em Manaus (AM).” Mas o parlamentar reafirmou que é preciso fazer oposição com responsabilidade e que é esta a oposição que o PSB está propondo neste momento.