Molon cobra que o valor do auxílio-emergencial volte a ser de R$ 600

O líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ), explicou que a oposição continua em obstrução na Casa para que a Medida Provisória (MP) 1000/20 seja colocada em pauta e votada pelo Plenário. Para isso, a Medida precisa ao menos ser lida, o que não foi feito ainda.  

A MP reduz de R$ 600 para R$ 300 o valor do auxílio-emergencial pago durante o estado de calamidade pública até 31 de dezembro de 2020. Parlamentares e oposição cobram a votação da medida, pois esse é um momento de grande dificuldade enfrentado pelo povo brasileiro.  

São trabalhadores informais, autônomos, pessoas que não tem carteira assinada e desempregados. “É tanta gente precisando do auxílio de R$ 600, que nós da oposição nos recusamos a ficar de braços cruzados olhando a desgraça do povo brasileiro. Por isso nós estamos na luta na Câmara obstruindo, para dizer que não aceitaremos que essa Medida Provisória não seja votada. É através da votação dela que nós poderemos repor o valor do auxílio-emergencial para R$ 600”, disse o socialista.  

Molon explicou que uma emenda de sua autoria tem essa finalidade, fazer com que o auxílio volte a ser de R$ 600 e não mais R$ 300. “Nós da oposição estamos fazendo uma coisa concreta, para exigir que o auxílio volte aos R$ 600. Estamos usando a força do nosso número para isso”, afirmou.  

Não satisfeito, o líder socialista apontou que o dinheiro para pagamento do auxílio pode vir da Reforma Tributária, prometida pelo governo de Jair Bolsonaro, mas que até agora não a colocou em prática. Para ele, a Reforma Tributária não ocorreu porque deixaria claro que o governo estaria do lado dos banqueiros. “Ele não quer aumentar a tributação, os impostos dos banqueiros. Bolsonaro quer cobrar imposto apenas da classe média e das classes populares, dos trabalhadores que mais trabalham e menos ganham”, explicou.