Tadeu Alencar debate reforma tributária com ministro Paulo Guedes

reprodução TV Senado

Nesta quarta-feira (5), o ministro da economia, Paulo Guedes, participou de audiência pública da Comissão Mista que analisa a Reforma Tributária e debateu com deputados e senadores o atual sistema brasileiro. De acordo com Guedes, no Brasil, quem tem poder político consegue se beneficiar com desonerações e quem tem poder econômico não paga impostos e entra na Justiça, resultando num contencioso gigantesco. Por isso, segundo ele, o modelo é perverso, regressivo e ineficiente.

Na avaliação do deputado federal Tadeu Alencar (PSB-PE), o sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo. Segundo ele, é necessário discutir a simplificação dos sistema para que se tenha mais transparência e para que possa ser mais fluido e, assim, ajudar o ambiente de empreender.

“O peso que têm os impostos sobre o consumo evidentemente na sua raiz tem uma injustiça tributária que é preciso corrigir. Temos consciência de que não vamos corrigir isso de maneira plena, isso é um processo de amadurecimento da sociedade brasileira. A pandemia mostrou que as vulnerabilidades que conhecíamos no Brasil são muito maiores do que imaginávamos”, disse o socialista. 

O ministro classificou de “manicômio tributário” o atual sistema brasileiro e prometeu que o governo não vai propor aumento de carga para os contribuintes. “Não vamos aumentar impostos. O povo já paga imposto demais. De 18% do PIB (Produto Interno Bruto), saltamos para 36% em alguns anos. Ou seja, acima da média dos países em desenvolvimento e sem contrapartida para a população. Nosso programa é simplificação e redução. A carga pode ser a mesma, mas vamos substituir e reduzir a quantidade de impostos”, garantiu. 

Alencar também ressaltou a disposição do ministro em ouvir as propostas apresentadas pelos partidos de oposição e a abertura para a discussão. “É preciso avançar na discussão de um novo pacto federativo para que a gente possa ter um sistema mais simples, eficiente e mais justo, diminuindo o peso dos impostos e tributos sobre a sociedade brasileira de acordo com a sua capacidade contributiva”, finalizou.

Mariana Fernandes com informações do Senado Notícias