O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, Aliel Machado (PSB-PR), e demais membros, fizeram ontem (26), uma visita técnica ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar dos cortes na pasta da Ciência e Tecnologia (C&T). São aproximadamente R$ 600 milhões contingenciados para o ano de 2022.
É um corte criticado pelo próprio ministro de C&T, Marcos Pontes, o que chamou de “falta de consideração”. Segundo ele, “os cortes de recursos são equivocados e ilógicos. E isso precisa ser corrigido urgentemente”. Hoje, Aliel Machado apresentou aos demais integrantes o resultado da visita.
Recomposição – De acordo com o deputado socialista, o ministro Paulo Guedes se comprometeu a fazer reunião conjunta entre as duas pastas, além da Comissão, para que os editais já licitados e contratados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) sejam honrados e, dessa forma, haja a recomposição de recursos da Ciência e Tecnologia.
No mesmo sentido, o deputado Milton Coelho (PSB-PE), reforçou que é importante o diálogo entre as duas pastas para o financiamento das ações de C&T no Brasil. O parlamentar discordou que o problema da pasta seja apenas má gestão dos recursos. “Não creio que o problema do Ministério da Ciência e Tecnologia seja apenas de performance no gasto. Há também um evidente subfinanciamento das ações de C&T no país”, destacou.
Milton Coelho solicitou, ainda, que no debate da recomposição do orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia seja incluída a suspensão da extinção do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), uma empresa pública, responsável pela fabricação de circuitos integrados. ” Se possível, nos esforçarmos para que o Ceitec saia do Ministério da Economia e volte para o Ministério da Ciência e Tecnologia”, finalizou.
Aliel explicou que, segundo o ministro, não houve cortes no ministério de Ciência e Tecnologia ou em qualquer outra pasta. “Ele relatou que há remanejamento de recursos de acordo com a execução orçamentária. Segundo o ministro, existem parados, sem execução orçamentária, cerca de R$ 500 milhões no caixa do ministério de Ciência e Tecnologia”, relatou Aliel. O deputado informou, ainda, que de acordo com Guedes “não falta dinheiro, o que falta é gestão”.