Mais políticas públicas para pessoas idosas no meio rural. Esse foi o assunto discutido hoje (13) no âmbito da audiência pública solicitada pelo deputado federal Vilson da Fetaemg (PSB-MG). Segundo o deputado mineiro, um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que a expectativa de vida do brasileiro ao nascer chegou a 76,6 anos em 2019. Os dados mostram que, em 1950, o número de idosos de 65 anos ou mais era de 1,6 milhão; em 2020, passou para 9,2 milhões; e deverá alcançar 61,5 milhões em 2100.
Vilson da Fetaemg lembrou que sua origem é na agricultura familiar, por isso, possui uma preocupação acentuada da ausência de políticas públicas voltadas para os idosos que residem no meio rural. “A velhice no meio rural é pouco estudada. Estima-se que apenas 15% dos idosos brasileiros vivam no meio rural. Entretanto, são notórias as dificuldades enfrentadas por essa parcela da população. Além de um grande índice de analfabetismo, a falta de acesso à saúde pública, à energia e ao saneamento básico são alguns dos desafios enfrentados por esse grupo populacional”, destacou.
O deputado reiterou ainda o desafio para todos os setores envolvidos na agricultura familar que é o de criar condições favoráveis para que o jovem permaneça na área rural. “Se nós não tomarmos cuidado. Se não pensarmos, trabalharmos e construírmos urgentemente políticas públicas voltadas para o campo, como ficará nosso meio rural?”, refletiu.
Contag – O secretário de Finanças e Administração da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Juraci Moreira Souto, reforçou que agricultura familiar representa atualmente mais de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros. “Não somos apenas socialmente importante. Somos também economicamente importantes para equilibrar a balança da economia brasileira”, disse. Ele lembrou ainda que os idosos e idosas no meio rural continuam a produzir alimentos e precisam ter sua relevância no processo produtivo.
Governo Federal – O coordenador geral de Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Renato Gomes, enfatizou que somente um envolvimentos de todos os setores da sociedade possibilitará a implementação de políticas públicas que seja para idosos da zona rural como da zona urbana. Ele lembrou ainda que os gestores locais também precisam estar presentes nessa discussão de priorização dessas ações. “É preciso ter um pacto entre os entes federados para a implementação das políticas públicas. E principalmente é preciso uma priorização do governo local porque é lá no município que as demandas são originadas”, pontuou.