O líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), e o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), pediram o apoio da sociedade para ajudar o Brasil a ser um país mais justo e sustentável. Eles participaram de debate, nesta terça-feira (24), que discutiu o clima no Brasil e os seus desafios na educação, nos direitos humanos, emprego e sustentabilidade.
Molon afirmou que a educação é crucial para tornar o Brasil um País neutro em emissões de carbono. “A única chance que a gente tem de sair dos ciclos extrativistas que dominam a nossa economia desde que os europeus chegaram aqui é apostar na educação, na ciência e na tecnologia. Investimento nessas áreas para o Brasil entrar na era do conhecimento e para ser um País que aposta fortemente na ciência, com compromisso com a educação e com a sustentabilidade”, disse.
Para o líder socialista, a principal ameaça que o Brasil enfrenta atualmente em diversos setores é o próprio governo de Jair Bolsonaro, que nega as crises existentes no País. “Ele não reconhece as desigualdades, não reconhece a devastação ambiental produzida pelo seu governo. Nega o desmonte dos órgãos ambientais que temos combatido no Parlamento”, pontuou.
O parlamentar apontou que é preciso ter a mobilização da sociedade para mover o governo brasileiro em relação ao tema da sustentabilidade e do meio ambiente e para vencer as resistências existentes no Parlamento, além da pressão internacional e do mercado.
Rodrigo Agostinho também defendeu o aprimoramento do diálogo com a sociedade civil, além da capacidade de diálogo com os setores estratégicos do País. “A sociedade civil precisa se organizar para poder se articular e fazer com que a Câmara dos Deputados acorde. Nós somos caixas de ressonância da sociedade. Se a sociedade cobra um determinado assunto, a Câmara e o Senado votam”, explicou.
O deputado, que já presidiu a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, alertou para o fato de que as desigualdades sociais existentes no Brasil vão se agravar com as mudanças climáticas. Ele também afirmou que as questões sociais, ambientais e econômicas estão conectadas. “Precisamos trabalhar um pouco mais conectados e de forma mais integrada os desafios da sustentabilidade, que incluem um País mais justo do ponto de vista social, economicamente mais viável, ambientalmente mais adequado e mais correto”, alertou.