O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) questionou o ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Wagner Rosário, acerca da discriminação dos gastos realizados pelo presidente Bolsonaro durante suas férias, no valor de 2,4 milhões. Wagner participou de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, nesta terça-feira (20), para esclarecer estes gastos.
“O ministro afirmou que o governo preza pela transparência, mas solicitei a discriminação dos gastos com alimentação, bebidas, hospedagem, entretenimento e me foi negado. E não entendo como isso pode ferir a segurança do presidente. Para mim é uma questão política por ele gostar de dizer que come miojo, pão com leite condensado e vai ser desmascarado quando todos virem o que ele realmente gasta no dia a dia”, disse Elias. O parlamentar, que foi coautor do requerimento para realização da reunião, lamentou que o ministro não tenha levado os dados com as despesas de cada item.
Em justificativa, o governo afirmou que gastou muito com a segurança do presidente Bolsonaro, mas de acordo com Elias, os gastos informados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não foram feitos pelo cartão corporativo do presidente. O socialista falou ainda de sua indignação com o fato do presidente tirar férias durante o momento tão difícil que o Brasil enfrenta desde o ano passado. “Em dezembro o Brasil ainda estava sem vacina, mesmo com vários países já iniciando a vacinação, estava no fim do auxílio emergencial, o número de mortos passava de 200 mil. E nesse cenário ele tirou férias”, criticou.
O presidente Bolsonaro saiu de férias entre os dias 18 de dezembro e 5 de janeiro. De acordo com informações do site Congresso em Foco, do total dispendido, quase R$ 1,2 milhão foram gastos com o cartão corporativo do governo federal, R$ 1,05 milhão bancaram combustível e manutenção de aeronaves, e R$ 202 mil, diárias da equipe de segurança presidencial.