O Plenário da Câmara dos Deputados discutiu nesta quarta-feira (11) os desafios da agricultura familiar. A pedido do deputado socialista Heitor Schuch (PSB-RS), atual presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, temas importantes para a produção de alimentos pelo pequeno produtor rural foram debatidos na Comissão Geral. Além do deputado gaúcho, compôs a mesa, o também socialista Vilson da Fetaemg (PSB-MG).
Para Heitor Schuch, a produção mundial de alimentos principalmente a partir dos pequenos produtores rurais faz parte de uma discussão que está no centro da atenção dos principais organismos internacionais. “Nós consideramos a agricultura familiar uma ideia de desenvolvimento não apenas social e econômico, mas também de segurança alimentar e desenvolvimento do meio rural”, pontuou.
Em sua fala no Plenário, Schuch destacou alguns temas que deveriam ser incrementados na vida do produtor rural. Entre eles, o crédito rural, acesso à tecnologia, acesso à extensão rural, acesso a programas de comercialização da produção rural e a garantia de preços mínimos. “O grande desafio da sociedade vai além de aumentar a produção de alimentos, mas também na valorização daqueles que fazem da terra seu sustento”, completou.
No mesmo entendimento, o socialista Vilson da Fetaemg (PSB-MG) reforçou que, em sua opinião, a agricultura familiar mesmo sendo responsável por grande parte da produção rural brasileira, sempre ficou desguarnecida e lutou sozinha para sobreviver. “Essa realidade do mercado sempre dificultou o trabalho do pequeno produtor rural familiar, que também precisa de orientação, de insumos, de financiamento, de apoio para o manejo e desenvolvimento da sua produção, mas esses são apenas alguns de muitos desafios que precisam ser diariamente superados na agricultura familiar”, reforçou.
O deputado mineiro, durante a sessão que presidiu, chamou a atenção dos demais congressistas para que “entendam que a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos produzidos e que chegam à mesa da população. E, que por outro lado, os consumidores precisam entender que os alimentos que chegam à mesa estão mais caros porque a produção do grande agricultor vai para exportação.
