O Brasil pode ter deixado de fazer, em 2020, cerca de 3 milhões de cirurgias eletivas em função da pandemia. Os dados constam no site do Conselho Federal de Medicina e tem como base o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). São cirurgias como catarata, hérnia, vesícula e varizes. A redução das cirurgias eletivas, apenas no estado de Minas Gerais, foi de 38%.
Nesta quarta-feira (27), na Comissão de Seguridade Social e Família, o deputado mineiro Emidinho Madeira (PSB-MG) cobrou dos demais membros a realização de uma audiência para tratar da redução desta fila em todo o país. “Se todos nós colocássemos emendas parlamentares, cada um em sua região, destinadas às cirurgias eletivas, criaríamos um grande projeto que valeria a pena. Olharíamos para trás, depois, e afirmaríamos que valeu a pena”, sugeriu.
Emidinho Madeira que atualmente é coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Cirurgias Eletivas adiantou que apresentará um requerimento para a realização da audiência. Natural da cidade mineira de Nova Rezende, ele explicou que em um raio de 80 municípios existem 45 mil pacientes à espera de um procedimento.
Modelo de ação – O deputado citou ainda um modelo de ação desenvolvido em sua região e que pode ser replicado em outros estados brasileiros. “Nós montamos um projeto na minha região e estamos fazendo com emenda parlamentar. Sentamos com os prestadores de serviços e organizamos de pagar duas vezes a tabela SUS. Lá, tem cirurgia desde 2008 na fila para ser realizada. Nós, como representantes do povo, não podemos deixar (pacientes na fila por cirurgia por tanto tempo)”, reforçou.