Lucas Ramos defende incentivos fiscais para empresas automotivas do Nordeste

Nesta semana, o deputado Lucas Ramos (PSB-PE) defendeu em Plenário a prorrogação de incentivos fiscais para empresas automotivas que atuam na região Nordeste. Ele se refere ao Regime Automotivo Regional do Nordeste, criado em 1999, para fomentar o desenvolvimento regional e promover a descentralização industrial no Brasil.

Prevista até 2025, a medida cria mecanismos para ampliar o parque industrial do País, sobretudo em regiões geográficas menos favorecidas. As empresas beneficiadas devem realizar investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica no Nordeste, correspondente a, no mínimo, 10% do valor do benefício. “Essa é uma política de desenvolvimento fundamental para a consolidação de grandes centros produtivos, automotivos e autopeças na região”, explicou Lucas.

Para o deputado, a prorrogação do programa vai assegurar previsibilidade e segurança jurídica para que fabricantes iniciem novos ciclos de investimento no Nordeste. “O regime automotivo permite a articulação da extensa cadeia produtiva, decisiva para garantir geração de emprego e renda. Com esses incentivos, estamos figurando no mapa mundial da indústria automotiva, sendo referência em avanço tecnológico e um dos celeiros das maiores inovações desse mercado”, acrescentou.

Indústrias em Pernambuco:

O desenvolvimento e a geração de emprego e renda, com a presença das empresas automotivas em Pernambuco também foram destaque da fala de Lucas. O estado conta com dois pólos referência no setor. O Stellants fica no município de Goiana, e é liderado pela fábrica da Jeep. O outro pólo, na cidade de Belo Jardim, no Agreste pernambucano, conta com o complexo fabril de baterias do Grupo Moura.

“Juntos, esses dois pólos garantem a injeção de recursos diretos na economia municipal e estadual, alavancando um processo de transformação social inédito em nosso Estado”, pontuou o parlamentar.

Lucas disse que o Stellantis foi responsável por garantir a Goiana ganhos de participação na economia estadual. “A cidade saiu da 13ª posição, em 2010, para a 4ª posição no ranking do PIB pernambucano em 2019. Cerca de 21% dos trabalhadores de carteira assinada são residentes na cidade e metade são oriundos de outras cidades da chamada área de influência do polo automotivo, que é formada por outros nove municípios”, acrescentou.

Além disso, ele destacou a importância do segmento de autopeças, do complexo fabril da região agreste. Os aportes realizados pelo Grupo Moura nos últimos 12 anos consolidam a região como maior pólo produtivo de baterias da América do Sul. “Por conta desse movimento, hoje Belo Jardim tem o 13º maior PIB de Pernambuco. Dados de emprego formais da cidade mostram que 20% ou algo em torno de 4 mil postos de trabalho são gerados diretamente pela empresa”, afirmou.