A ministra do Esporte, Ana Moser, apresentou o plano de trabalho e os programas da Pasta em audiência pública, nesta quarta-feira (29), na Comissão do Esporte. Vice-presidente do colegiado, o deputado Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ) disse que a atuação da ministra possibilita sonhar com o esporte não só como uma atividade física, mas como um vetor para levar a cidadania, a educação e as boas práticas para a população, especialmente para os jovens.
Moser afirmou que uma das prioridades do Ministério é democratizar o acesso ao esporte e integrar suas políticas públicas com políticas sociais das áreas de saúde, educação, segurança pública e assistência social. “O esporte é um direito previsto na Constituição. E o seu reconhecimento como direito social passa pela obrigação da estrutura pública em viabilizá-lo à população”, acrescentou.
A ministra explicou que hoje a maioria das informações são relacionadas a atletas vinculados a esportes de alto rendimento, mas que um diagnóstico de 2015 mostrou apenas 5% da população ativa engajada em competições. “É importante destacar que a estrutura competitiva é apenas um recorte. Precisamos pensar na política esportiva de direito para todos e para isso precisamos de dados sobre a prática esportiva da população em geral, para conseguir entender e fomentar os programas”, disse.
De acordo com Bandeira, a massificação da prática é importante para melhorar inclusive o esporte de alto rendimento. “Quanto mais gente praticar o desporto, mais vamos ter participação nas grandes competições internacionais, compatível com o tamanho da nossa população”, defendeu.
O deputado disse ainda que a Comissão pode ser indutora de boas práticas no esporte, com a formulação de novas legislações. “Por exemplo, nas áreas de responsabilidade social, ambiental e combate ao racismo. Na Europa, a responsabilidade ambiental já é lei e aqui nem o fair play financeiro dos clubes chegou. Muito ainda precisa ser feito”, afirmou.
Para a ministra do Esporte, o Congresso pode dar importantes contribuições ao setor, inclusive buscar ampliar o recursos da Pasta para tornar possível o maior acesso a todos. “Podemos construir um país mais amplo, democrático e que contribua para o desenvolvimento do povo e das instituições como as escolas e o Sistema Único de Saúde. Essa é uma pauta que une a todos, independente de bandeiras partidárias”, reforçou.