O deputado Duarte (PSB-MA) pediu a convocação do sócio do deputado Eduardo Bolsonaro, Paulo Generoso, para prestar esclarecimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) destinada a investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O empresário é suspeito de apoiar os atos golpistas, além das manifestações violentas que ocorreram em Brasília, no dia da diplomação do presidente Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O requerimento de Duarte deve ser votado na próxima sessão do colegiado, quinta-feira (1º).
O parlamentar destacou que a CPMI tem o objetivo de investigar todo e qualquer indício de envolvimento no que foi um dos maiores ataques à democracia brasileira na nossa história. “Os atos terroristas de 8 de janeiro foram planejados, incentivados e financiados. Não basta pegar peixe pequeno, temos que ir atrás dos tubarões. A lei vale para todos. Ninguém ficará escondido atrás de privilégio, seja ele financeiro ou de cargo público”, reforçou.
Paulo Generoso já teve seu Twitter bloqueado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por apoio aos atos antidemocráticos, além de ser fundador do Movimento República Curitiba – responsável por espalhar notícias falsas, no Facebook, sobre as urnas eletrônicas, a pandemia da Covid-19 e apoiar os atos golpistas. Em março deste ano, o empresário abriu a empresa Braz Global Holding LLC, nos Estados Unidos, em sociedade com o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
INVESTIGAÇÃO
Segundo apuraram o site de notícias UOL, a Agência Pública e o Centro Latinoamericano de Investigações Jornalísticas, a abertura da empresa nos EUA é suspeita, uma vez que não possui clareza no ramo de atuação. De acordo com a publicação, além da falta de clareza no ramo, documentos obtidos junto ao governo do Texas mostram que, no mesmo local, em um curto espaço de tempo, Generoso registrou outras empresas. Nelas, a ex-servidora do governo Bolsonaro, Raquel Brugnera, é uma das diretoras.
“Diante da relevância e gravidade dessas informações, é de extrema importância que sejam realizados os devidos esclarecimentos a respeito de suas ações, bem como sua possível relação com os eventos objeto de investigação da CPMI”, argumentou Duarte.