O Plenário da Câmara realizou, nesta terça-feira (10), Comissão Geral para debater a situação da saúde no Brasil. O debate foi solicitado pelo deputado Odorico Monteiro (PSB-CE). De acordo com o socialista, ficou claro entre os participantes a importância e relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) e a triste forma como o Brasil vai entrar para a história no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
Desde o início da pandemia o presidente Bolsonaro negou a gravidade da doença, estimulou aglomerações, indicou remédios sem eficácia comprovada, desmereceu a importância das vacinas e prejudicou a compra rápida dos imunizantes. “Nós poderíamos ter sido exemplo internacional de boas práticas, mas vamos entrar para a história como o pior exemplo”, lamentou Odorico.
Especialistas reforçaram durante a Comissão Geral que os efeitos da pandemia serão sentidos pelo SUS durante anos. O assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) afirmou que a questão orçamentária também é desafiadora para o que o setor enfrenta e ainda enfrentará nos próximos anos. “Estamos atuando nesse sentido e tentando formular uma agenda tripartite com União, estados e municípios, elencando as prioridades para ver o que pode ser feito para a proteção do SUS”, explicou.
Para Odorico, o SUS é a maior política pública do país, mas necessita de maior estabilidade. O deputado citou o projeto de lei, de sua autoria, que cria o Plano Nacional Decenal da Saúde com metas e diretrizes definidas para o setor por 10 anos. “O plano, em tramitação na Câmara, garante uma visão estratégica, tática e operacional para o SUS a longo prazo. Esse deve ser um plano do estado brasileiro”, disse.
