Rafael Motta cobra informações sobre distribuição de soro antiofídico aos Estados

Diante das informações de que alguns estados e municípios não contam com quantidade suficiente de soro antiofídico, o deputado Rafael Motta (PSB-RN), cobrou informações do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, referente à política e aos critérios de abastecimento, distribuição, publicidade e manutenção de estoques do soro no Sistema Único de Saúde (SUS), nos quadros de envenenamento por picadas de serpentes.

Ele cobra, por exemplo, maiores detalhes acerca da política de obtenção e distribuição de soros antiofídicos para estados e municípios, como apresentação de pareceres e estudos técnicos que subsidiem tal política e que justifiquem a situação calamitosa nos estados.

O parlamentar explica que o método de eficácia direta para o tratamento do envenenamento por picada de serpente decorre da administração, em tempo hábil, de soro antiofídico indicado ao gênero específico. Ou seja, os tipos específicos de soro devem ser devidamente distribuídos com base na proporcional relação de incidência do problema.

De acordo com Motta, a política de obtenção e distribuição dos soros ocorre por meio dos repasses ao Ministério da Saúde pelos centros de produção autorizados e, posteriormente, o encaminhamento deste material ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz. Por fim, as ampolas são distribuídas às secretarias estaduais de saúde, seguindo parâmetros como quantidade ou probabilidade de ocorrências.

No entanto, diversos são os casos e relatos de escassez de soros antiofídicos nos estados e municípios, o que tem elevado os casos de óbitos ou a impossibilidade de atendimento destes casos em algumas unidades federativas. É o caso dos Estados de Minas Gerais (MG), Mato Grosso (MT), Ceará (CE) e Amazonas (AM).

O caso mais alarmante é no AM, onde estima-se que as mortes decorrentes de ofidismo estão em paralelo às ocasionadas pelo novo coronavírus. “A população tem extrema dificuldade de acesso ao atendimento básico de saúde, principalmente ao atendimento quando picadas por cobras venenosas, em busca de soro antiofídico”, diz o parlamentar.