Nesta quarta-feira (25), a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle aprovou requerimentos do deputado Elias Vaz (PSB-GO) para realização de audiências públicas que discutirão o desvio de dinheiro público do Programa Farmácia Popular e os recursos bilionários que o Governo Federal pretende destinar à construção de gasodutos no País.
Na justificativa do requerimento para a audiência do Programa Farmácia Popular, Elias tomou como base a reportagem exibida pelo Fantástico, no dia 15 de maio, que mostrou a fraude milionária com dinheiro público a partir de um esquema com remédios que deveriam ser fornecidos pelo programa. Há casos de receitas arquivadas em nome de pessoas que já morreram, médicos que não reconhecem a assinatura nas receitas, lançamentos fraudulentos e até retiradas informadas no aplicativo do Conecte SUS de remédios para cidadãos que nem fizeram a solicitação.
“É dinheiro público indo para o ralo da corrupção. Enquanto isso, centenas de pacientes ficam desassistidos. Toda essa situação precisa ser investigada e os responsáveis punidos”, afirmou o deputado. O Programa Farmácia Popular oferece remédios para doenças como hipertensão, asma, diabetes e colesterol alto. Na maioria dos casos, sem custo nenhum ou com descontos que chegam a 90%.
Gasoduto:
De acordo com Elias, há uma estimativa de que sejam gastos em torno de R$ 100 bilhões do Tesouro Nacional para as obras de novos gasodutos no Brasil. “A aplicação de dinheiro público nessa obra pode beneficiar apenas um grupo econômico, que detém uma grande fatia do mercado de distribuição de gás hoje no Brasil. Além disso, precisamos pensar em quem vai pagar essa conta. Já é tradição no nosso país, um serviço público é entregue a empresas e o consumidor é penalizado para bancar o lucro dos empresários”, explicou o socialista.
Entre os convidados para a audiência pública, está o empresário Carlos Suarez, dono de oito distribuidoras no País, que ganhou até o apelido de “rei do gás” e seria beneficiado pela construção dos dutos. Também devem participar representantes da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace); da Confederação Nacional da Indústria (CNI); do Fórum das Associações do Setor Elétrico (Fase); do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC); da Agência Nacional de Petróleo (ANP); da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás) e do Instituto Acende Brasil.
Fonte: Assessoria do deputado Elias Vaz