O deputado federal Denis Bezerra foi eleito 3º vice-presidente da Comissão de Defesa da Pessoa Idosa, nesta quinta-feira (11). “Diferente de outros países que se desenvolveram antes da população envelhecer, estamos no caminho contrário, envelhecendo para depois desenvolver. O aumento da população idosa é exponencial no país e precisamos nos unir para fortalecer políticas públicas em prol do bem comum dos idosos.” A Comissão elegeu o deputado Dr. Frederico (PATRIOTA-MG) para a presidência em 2021. Na mesma ocasião, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) se despediu da presidência do colegiado e fez um balanço de sua gestão.
De acordo com a deputada, o plano de trabalho proposto em 2019 foi integralmente cumprido. A Comissão foi suspensa em 2020 devido à pandemia do coronavírus. Entre os temas que foram debatidos pelo colegiado, Lídice destacou o momento da votação da Reforma da Previdência em que foram feitas diversas audiências públicas para mostrar o impacto da proposta na vida dos idosos no Brasil. “Debatemos ainda sobre as instituições de longa permanência para idoso e a necessidade de políticas de proteção, além da violência física e psicológica que muitos idosos sofrem no país”, disse.
A defesa do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa também foi relembrada pela parlamentar uma vez que o governo Bolsonaro, em um dos seus desmontes, desconstituiu o grupo e sua nova formatação está muito reduzida. “Fizemos ainda dois seminários sobre a Política Nacional do Idoso, um nacional e outro internacional. E participamos de eventos internacionais na Espanha e no Uruguai para conhecer as políticas desenvolvidas nestes dois países que se destacam na proteção ao idoso”, acrescentou.
Lídice falou ainda dos debates relacionados ao vazamento de dados dos aposentados para as instituições de crédito consignado. “Temos mais de cinco milhões de idosos endividados no Brasil. Logo que o idoso se aposenta sofre assédio das inúmeras instituições de crédito que ligam para oferecer empréstimos”, lamentou. A deputada afirmou que essas e outras lutas são fundamentais para os idosos que hoje representam 15% da população e com uma perspectiva de grande crescimento nos próximos 20 anos.