Deputados da Bancada socialistas apresentaram no Supremo Tribunal Federal (STF) notícia crime contra o presidente Bolsonaro pela prática dos crimes de homicídio por omissão e prevaricação em face das negativas de aquisição de vacinas contra a Covid-19. “O presidente teve contribuição decisiva, de forma livre e consciente, para o evento danoso quanto tinha o dever legal de agir de forma diversa”, afirma parte do documento enviado ao Supremo.
Assinaram a notícia crime a deputada Lídice da Mata (BA) e os deputados Elias Vaz (G0), Alesandro Molon (RJ), Denis Bezerra (CE), Camilo Capiberibe (AP), Bira do Pindaré (MA), Vilson da Fetaemg (MG), Aliel Machado (PR), Marcelo Nilo (BA) e Gervásio Maia (PB).
De acordo com Camilo Capiberibe, o presidente está há um ano sabotando a pandemia e “se o parlamento se recusa a abrir o processo de impeachment, negando sua responsabilidade com o povo brasileiro, nós precisamos buscar no judiciário as providências para frear o genocídio”. Para o deputado Elias, o presidente tem que pagar por todo dano que provocou ao povo brasileiro. “O negacionismo de Bolsonaro contribuiu para que tivéssemos mais mortes. O presidente, de forma livre e consciente, boicotou a vacina, não permitiu a aquisição de doses da Pfizer no ano passado. Com isso, estamos chegando a 300 mil mortes e cientistas preveem números ainda piores nos próximos meses, podendo chegar a 500 mil vidas perdidas”, disse.
No ano passado, o governo não fez acordo para compra de vacinas da farmacêutica Pfizer que negociaria 70 milhões de doses do imunizante até junho deste ano. O presidente Bolsonaro afirmou em várias ocasiões que também não compraria a vacina coronavac porque era da China. O descaso do presidente em relação a gravidade da pandemia, as medidas de isolamento, o uso da máscara e a aplicação de vacinas foi duramente combatido pelos parlamentares socialistas desde o início da pandemia.