Lídice defende continuação das investigações sobre o financiamento da base governista a atos antidemocráticos

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) repudiou a possível tentativa de usar recursos ilegais para impedir o funcionamento da CPMI das Fake News na qual ela é relatora. Nesta segunda-feira (7), o ministro do STF Alexandre de Moraes retirou sigilo do inquérito que investiga o financiamento de atos antidemocráticos e entre as informações está a que a Polícia Federal sugeriu a abertura de uma investigação para apurar se apoiadores bolsonaristas tentaram obstruir os trabalhos do colegiado.

“Usar de recursos absolutamente ilegais para impedir o funcionamento de uma CPI, é criminoso. As descobertas da PF dão conta de que apoiadores do presidente Bolsonaro, muitas vezes financiados por parlamentares governistas com dinheiro público, tentaram obstruir os trabalhos da CPMI”, afirmou a socialista. Para Lídice, é mais preocupante ainda continuar com os trabalhos da CPMI parados.  

Na última semana a PGR pediu ao STF o arquivamento do inquérito. O órgão fez o pedido 5 meses depois de receber um relatório parcial da Polícia Federal mostrando a necessidade de aprofundar as investigações que envolvem parlamentares do PSL, grupos extremistas e empresários que apoiam o presidente Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes vai analisar o relatório para decidir se arquiva ou não o inquérito.

“As investigações confirmam a atuação de personagens ligados ao governo federal. É preciso fazer exatamente o contrário do que a PGR pede, é preciso aprofundar as investigações como indica a PF. E é necessário que a PF siga investigando disparos em massa e a produção de agressões e ataques, em forma de fake news, vindos de celulares ou computadores de pessoas que possuem relação direta com parlamentares governistas e com o presidente da República”, reforçou Lídice da Mata.