A Câmara dos Deputados elegeu, nesta segunda-feira (1°), o deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Casa pelos próximos 2 anos. Lira foi o candidato apoiado por Bolsonaro e, segundo notícias divulgadas na imprensa e críticas de diversos parlamentares, o presidente da República liberou emendas parlamentares para garantir o apoio dos deputados. O líder do PSB, Alessandro Molon (RJ), lamentou a vitória de Artur Lira.
De acordo com publicação do Estadão, Bolsonaro liberou R$ 504 milhões para redutos eleitorais de deputados e senadores, o número é recorde se comparado a todos os meses anteriores. A liberação ocorreu nas vésperas das eleições para a presidência da Câmara e do Senado. Segundo a publicação, é obrigação do governo liberar as emendas, mas a data da liberação fica a critério do Executivo.
A Bancada do PSB declarou apoio ao candidato Baleia Rossi (MDB-SP), segundo colocado na disputa. Rossi uniu partidos de esquerda, direita e centro, com o intuito de manter a Câmara dos Deputados independente. Ele defendeu em seu discurso a pauta social e mais medidas de combate à pandemia. “Não podemos abrir mão da defesa da nossa democracia e das nossas instituições”, completou.
O deputado Felipe Rigoni (PSB-ES) espera que o mandato de Lira seja pautado pelas agendas prioritárias para o país. “A começar pela ampla vacinação, pela defesa do equilíbrio fiscal e pela retomada do crescimento. Diálogo será sempre nossa melhor ferramenta.”
O novo presidente Arthur Lira afirmou que vai retirar o super poder da presidência da Casa e devolver para o Plenário que é soberano. “Cada deputado deve ter voz e ao presidente cabe ouvir de forma neutra, sem personalismo. Presidente não pode ter posições, não pode falar pela Casa.” A fala foi direcionada ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), agora ex presidente da Câmara. No ano passado, Maia tomou a frente nas decisões essenciais para o combate à pandemia, uma vez que o governo tentou prejudicar de todas as formas as ações necessárias para enfrentar a COVID-19. No Senado, também foi eleito o candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG).