Aquisição de sistema de microssatélites é objeto de Requerimento de Molon

Em mais uma iniciativa para conter o avanço das políticas de desmonte do governo Bolsonaro, o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon (RJ), apresentou, nesta terça-feira (25), requerimentos de Informação aos ministros da Ciência, Tecnologia e Informações, Marcos Pontes; e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. O socialista cobra esclarecimentos sobre a aquisição e operacionalização do sistema SipamSAR.  Molon afirma que é imprescindível que a Câmara dos Deputados obtenha as informações necessárias sobre a grave situação ambiental que o País enfrenta, sobretudo em relação às queimadas e desmatamentos.

“O obscurantismo e as políticas públicas desastrosas deste Governo, em relação ao meio ambiente, vêm trazendo inúmeros prejuízos ao País”, critica. 

 Dentre as tantas medidas levianas, que colocam em risco não só o povo brasileiro, mas todo o mundo, o parlamentar cita o desmonte do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). De acordo com ele, a decisão de aparelhar o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), vinculado ao Ministério da Defesa, em detrimento do Inpe, é denunciada, por muitos especialistas, como uma forma de o Governo Federal manipular informações acerca da real situação dos cries ambientais cometidos.  “Não faz sentido que um sistema para verificar fatos ambientais através de tecnologia espacial fique a cargo do Ministério da Defesa, em detrimento do instituto que funciona há décadas tratando deste tema e que, ao contrário do que alguns tentem fazer acreditar, tem reconhecimento internacional.” Ainda de acordo com o líder socialista, especialistas denunciam o desperdício da compra do SipamSAR, cujo valor de R$ 145 milhões recai a observação de eventualmente não ser submetido por um processo licitatório. “Soma-se ainda o risco crescente de embargos comerciais nesse setor tecnologicamente sensível em razão da militarização crescente da atuação brasileira, deixando de lado a relevante atuação das entidades civis que atuam na área espacial”, alerta. 

Moreno Nobre