No mês de conscientização do câncer de mama, conhecido como Outubro Rosa, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) apresentou o Projeto de Lei nº 2580/22 que inclui a técnica de micropigmentação paramédica nas cirurgias plásticas reparadoras de mama realizadas pelo SUS. A proposta altera a Lei sobre a obrigatoriedade de cirurgia plástica reparadora de mama realizada pelo SUS, para incluir o procedimento de tecnologia avançada.
A micropigmentação é indicada para reconstruir e disfarçar cicatrizes, aproximando-se ao máximo da cor natural da pele. Ela é utilizada para o redesenho de aréolas e mamilos das pacientes que precisam reconstruir os seios após o tratamento do câncer de mama. Para Lídice, o procedimento pode ajudar mulheres que venceram o câncer de mama a recuperar sua autoestima. “A reconstrução da mama tem por objetivo melhorar a qualidade de vida das mulheres submetidas a um tratamento cirúrgico que pode deixar sequelas funcionais, estéticas e psicológicas”, disse.
A parlamentar reforçou que a finalidade da reconstrução mamária não é somente restituir a integridade corporal, mas também recompor o psicológico da paciente, comprometido por problemas de autoimagem, aceitação social e dificuldades sexuais. “Vale destacar que uma em cada cinco mulheres com câncer de mama que se submetem a mastectomia perdem aréola e mamilo, segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia. E, embora existam diversos métodos estéticos que reconstroem a mama, muitos cirurgiões indicam a micropigmentação por ser mais eficaz e por oferecer menos traumas à paciente”, acrescentou Lídice.