A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Golpe ouviu, nesta terça-feira (12), a cabo da Polícia Militar do DF Marcela da Silva Pinno, agredida pelos golpistas enquanto trabalhava no Batalhão de Choque no dia da invasão às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. A policial contou que nunca esteve diante de tamanha agressividade e que as pessoas que estavam na linha de frente da invasão não eram manifestantes, mas sim vândalos.“Eles estavam dispostos a tudo, inclusive atentar contra a nossa vida”, relatou.
O deputado Duarte Jr. (PSB-MA), autor do requerimento para a oitiva, afirmou que o depoimento da policial deixa claro que não era uma manifestação pacífica feita por crianças e idosos, mas sim uma tentativa orquestrada de atentar contra a democracia.
Marcela entrou na PMDF em 2019 e desde então atua no Batalhão de Choque.
Questionada por Duarte sobre o que mais chamou a sua atenção, ela disse que foi a violência imposta contra os policiais. De acordo com a policial, os agressores estavam organizados, estimularam a invasão do Congresso Nacional e carregavam pedra, paus e barras de ferro.
A policial e seu colega Beroaldo Júnior foram jogados da cúpula do Congresso, de uma altura de 3 metros, e agredidos pelos vândalos. Um dos golpistas tentou tirar a arma dela. Em maio, o governo do Distrito Federal promoveu os dois policiais por atos de bravura.
Duarte destacou o trabalho de Marcela na defesa da democracia e da soberania nacional. “Quero reafirmar e ratificar a nossa gratidão e reconhecimento pelo seu trabalho. A sua coragem, sensibilidade e eficiência com que desenvolveu seu trabalho é motivo de orgulho”, disse.