A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) e o deputado Bira do Pindaré (PSB-MA) se solidarizaram, nesta terça-feira (16), com o youtuber Felipe Neto que foi intimado por chamar o presidente Bolsonaro de genocida. Em reunião na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania o deputado Bira afirmou que o presidente é um genocida. “Genocídio é o extermínio de um povo ou parte de um povo e é exatamente o que Bolsonaro está fazendo por omissão. Não comprou a vacina, não cumpriu com suas obrigações e o povo está morrendo. Essa é a triste realidade”, disse. O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) se manifestou em suas redes sociais em apoio a Neto.
O artista foi alvo de queixa crime, apresentada pelo vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, que o acusa de crime contra a segurança nacional. A deputada Lídice lamentou em Plenário que pessoas que se manifestam diante das atitudes do presidente, como o caso de Felipe Neto, estejam levando processos “daqueles que negam a ciência e que levam à morte parte significativa da população pelo desprezo à ciência e às medidas de contenção da disseminação do coronavírus”. A parlamentar reforçou que o presidente é genocida sim porque conduz o país a viver com essa situação total de irresponsabilidade com a vida da população.
Ainda em seu discurso, a deputada afirmou que o número de mortes no país se dá em meio à crônica de uma tragédia anunciada. A deputada citou a 4ª troca de ministro da Saúde realizada pelo governo. Eduardo Pazuello deixará a pasta e assumirá o cardiologista Marcelo Queiroga. “A mudança se dá por uma ação única, o presidente ele quer um ministro que siga a si próprio que nunca estudou nada em relação a saúde. Esse negacionismo faz com que Pazuello, que entrou como grande estrategista, saia como corresponsável pelas mais de 280 mil mortes no Brasil”, completa.
