Rodrigo Agostinho cobra política pública e participação da sociedade para preservação dos rios e mares

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), cobrou uma política pública eficiente para preservação dos rios e mares do Brasil. Ele participou de live nesta quarta-feira (16), realizada pela Frente, e que teve como tema a poluição dos rios e mares por resíduos plásticos que poderiam ser reciclados.

Para ele, é um grande desafio ter uma política pública eficiente para a questão do saneamento, do lixo, das águas e de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. No entanto, o parlamentar ressaltou que o problema não vai ser resolvido apenas com a lei. É preciso, também, investimento público, privado, utilização da logística reversa e educação ambiental.

Agostinho lembrou que o Brasil tem de 12% a 14% de toda a água doce do mundo, mas mesmo assim ainda tem índices muito ruins de saneamento e problemas sérios de educação ambiental. Além disso, a logística reversa não foi implementada de maneira aprofundada e falta investimento. “A gente tem índices muito ruins de saneamento, baixíssimo investimento público, os municípios têm poucas lixeiras e muita depredação. Junta tudo isso, vira uma bomba relógio e temos hoje os nossos rios lotados de lixo, de plástico”, disse.

Segundo o socialista, o desafio em preservar esses rios também é civilizatório, como sociedade. Ele disse que a sociedade brasileira se comporta muito mal com a questão do lixo e aceita jogá-los em qualquer lugar e viver em um ambiente cheio de lixo. “Todo esse lixo da rua vai para o rio, depois vai pro mar e a gente fica nessa situação horrorosa”, criticou.

De acordo com Agostinho, o mundo inteiro demonstra fortemente de que deve acabar com o comércio e a utilização de plástico de uso único. “Muitos países já fizeram isso, inclusive países pobres e em desenvolvimento, como a Índia e a África do Sul.”