Socialistas cobram ações efetivas do Brasil para reduzir o efeito estufa

O deputado Camilo Capiberibe (PSB-AP) demonstrou sua preocupação com a atuação do Brasil em relação ao meio ambiente, mais precisamente sobre ações para reduzirem os malefícios causados pelo efeito estufa. Nesse sentido, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional realizou, nesta segunda-feira (21), em atendimento a Requerimento de sua autoria, audiência pública para discutir os projetos e propostas que o Brasil levará à Conferência do Clima (COP) 26, que acontecerá em Glasgow, na Escócia.

Para Camilo, a discussão sobre o tema é importante para saber qual esforço o país fará para ajudar o mundo, de maneira solidária, a combater o efeito estufa e o aquecimento global e quais são as medidas nesse sentido. “Essa é a grande pergunta, dada a condução atual da política ambiental brasileira, apesar dos compromissos feitos na última cúpula do clima”, disse.

Ainda de acordo com o parlamentar, o futuro do Brasil e do planeta depende justamente do desenvolvimento de políticas de mitigação das mudanças climáticas. “O Brasil teve um papel de vanguarda nesse debate e hoje vive um papel de descrédito”, afirmou.

Já o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), disse que é preciso retomar o diálogo e a governança do ponto de vista da questão climática. “Falta esse diálogo que se exige nas relações internacionais, que as Nações Unidas trabalham de maneira intensa. Infelizmente isso não está acontecendo, nós não vemos os principais atores do governo brasileiro dialogando com a sociedade, com povos tradicionais, com organizações não governamentais, com a academia, do ponto de vista de uma proposta brasileira para a COP.”

Ele lembrou que outras conferências acontecerão nesse ano, como a de biodiversidade, onde Brasil vai ser muito cobrado. “O Brasil detém 20% da biodiversidade do mundo, 70% de suas emissões são evitáveis porque são decorrentes de desmatamento. O Brasil é pra ser protagonista, é pra ser líder da agenda climática e hoje, infelizmente, o Brasil é considerado um exemplo ruim”, lamentou.