Esta semana, a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou em Plenário a triste marca de meio milhão de pessoas mortas pela Covid-19 no Brasil. A socialista fez críticas ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, que afirmou que a Oposição registra apenas mortes e não sobreviventes. “Essa é uma estranha forma de pensar. Imaginem, por exemplo, se os judeus, que perderam 7 milhões na Segunda Guerra Mundial, registrassem os que sobreviveram. A história é marcada pelas perdas e, principalmente, numa situação desta, pelas perdas que poderiam ser evitadas”, reforçou.
Lídice criticou ainda a demora do governo na compra de vacinas contra a Covid-19, o que resultou nesse número trágico de mortes pela doença. “Se considerado o tamanho da população, o nosso país ocupa o oitavo lugar no ranking mundial, com 2.347 mortes por milhão de habitantes. Ele passa a ser o segundo lugar no número absoluto de vítimas, atrás apenas dos Estados Unidos.”
A parlamentar afirmou que a Oposição tem lutado pelo auxílio emergencial, pelo socorro às pequenas e médias empresas, pelas medidas de proteção ao emprego. “lutamos e continuamos lutando para que sejam taxadas as grandes fortunas neste País, para que possamos, dessa maneira, fazer frente às despesas de combate à pandemia e fazer frente à retomada do crescimento nacional.”, acrescentou.
No que diz respeito a economia, a socialista disse que o governo comemora o crescimento do PIB, mas esquece de falar sobre o aumento da miséria, o crescimento da fome, do desemprego, do preço de combustível, da cesta básica e agora o preço da energia do país. “Cresce apenas a produção de riquezas que é apropriada pelos mais ricos em nosso país, e decresce a apropriação dessas riquezas produzidas, pelos mais pobres desta Nação. É, portanto, esta referência que nós temos que ter,” afirmou.
A criação de uma ampla frente nacional para enfrentar a situação em que o país está foi defendida pela deputada. “Não pode haver mais de uma centena de pedidos de impeachment e continuarmos calados. O povo brasileiro clama por uma solução. Neste momento, não temos eleição, e é indispensável que possamos interromper esse processo de descontrole, tanto das medidas de economia, quanto da pandemia e da sustentação da vida das pessoas no nosso País.”
