Em sessão solene em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Tabata Amaral (PSB-SP) e Rodrigo Agostinho (PSB-SP) alertaram para os riscos que a natureza corre. Isso tudo por causa de um governo que só contribui para a devastação da natureza.
O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), destacou que é uma convenção mundial a necessidade de preservação do meio ambiente. Ele lembrou que o Brasil já desempenhou no mundo o papel de liderança ambiental. Mas que, graças ao desastre que tem sido o atual Governo Federal, o Brasil ocupa um lugar de vilão ambiental.
Na ocasião, o parlamentar também cobrou explicações sobre o desaparecimento, na Amazônia, do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. “Onde eles estão? Nós exigimos que as buscas sejam reforçadas para que os encontremos o quanto antes. E o Governo Federal tem o dever de fazer isso.” Para Molon, o desaparecimento dos dois mostra a gravidade da situação dos defensores do meio ambiente e dos povos indígenas no nosso país.
Tabata Amaral também abordou o desaparecimento de Phillips e Pereira. “Isso, infelizmente, mostra a violência e a truculência com que os povos indígenas e a pauta ambiental vêm sendo tratados. Infelizmente com o patrocínio e o incentivo do Governo Federal.” Ela ponderou que, na semana do meio ambiente, a luta é muito mais direcionada ao combate dos retrocessos, fruto da resistência dos ambientalistas para tentar fazer avançar uma pauta fundamental.
Molon destacou que esse é um momento de luta. “Por mais que o momento seja terrível, temos certeza que venceremos. Vamos virar essa triste página da nossa história, em que o Brasil vai se reposicionar no mundo, cooperar, e vai receber o importante apoio de outros países para preservar o nosso meio ambiente e para proteger o futuro da humanidade”, ressaltou.
O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) disse que o momento é muito difícil, pois as mudanças climáticas chegaram e o mundo todo nos cobra a tarefa de combater o desmatamento. “Perdemos um 1,5 milhão de hectares de florestas nos últimos 12 meses. É assustador! O volume acumulado desses últimos três anos e meio é mais ou menos uma área de 13 vezes a cidade de São Paulo, a maior cidade da América Latina.”
Agostinho detalhou diversas ações do governo que vão contra o meio ambiente, como o projeto para liberar a caça no País, a lei dos agrotóxicos, a lei da grilagem e o estímulo contínuo ao desmatamento das nossas florestas. “É um momento de união da sociedade civil. Não dá pra gente continuar tolerando a mesma situação, impunidade para crimes ambientais, alimentando um ciclo de mais crimes ambientais e de mais desmatamento.”
Na mesma linha, Tabata chamou atenção para o fato de que, em três anos, o governo Bolsonaro fez o Brasil andar três décadas para trás. Além disso, no dia de hoje, tentaram aprovar o projeto que libera a caça no Brasil. “Barramos esse retrocesso, com muita mobilização da sociedade.”
Manifesto – Os parlamentares também divulgaram, por meio da Frente Parlamentar, manifesto em defesa do meio ambiente, em que trazem à tona o cenário atual de retrocessos. No documento, eles também criticaram a pauta antiambiental do governo na Câmara.
Tabata reforçou que a pauta ambiental sob o governo Bolsonaro retrocedeu 30 anos. Tudo isso porque cortaram o que podiam de recursos em políticas ambientais. “O nosso Brasil andou 30 anos para trás porque servidores, pessoas que estão cumprindo o seu dever, estão sendo perseguidas porque o governo Bolsonaro prioriza interesses privados e pessoais, em detrimento do nosso povo”, acrescentou.
Molon destacou que proteger o meio ambiente não é impedir o desenvolvimento econômico. Ao contrário, a agenda da proteção ambiental hoje, da preservação e da sustentabilidade, é de desenvolvimento. “O mundo inteiro caminha para propostas de um chamado novo acordo verde, que é a geração de emprego e renda, redução das desigualdades através de modelos sustentáveis. Nós defendemos essa visão com propostas que geram emprego e renda, criam prosperidade, reduzem desigualdades e protegem o meio ambiente”, esclareceu.