Lídice da Mata e Camilo Capiberibe saem em defesa de uma sociedade mais justa e tolerante

Em um momento em que o Brasil e o mundo sofrem com a intolerância em diversos aspectos, os deputados Lídice da Mata (PSB-BA) e Camilo Capiberibe (PSB-AP) defenderam mais justiça e igualdade social. Eles participaram de seminário, nesta segunda-feira (8), sobre a Carta Encíclica Fratelli Tutti, que completou um ano. Os dois também subscreveram o requerimento para que o evento acontecesse.


O Papa Francisco assinou, em 3 de outubro de 2020, a Encíclica, que trata da fraternidade e da amizade social. Neste documento, o pontífice convida homens e mulheres a enfrentarem o conflito de um mundo fechado. Ele estimula a todos a “reavivar uma aspiração mundial de fraternidade”.


Lídice disse que a Encíclica chegou em um momento de grande conflito social no mundo. No Brasil, em particular, em um momento que a intolerância se apresenta como referência de comportamento. “Para nós que pensamos uma sociedade com outros valores, é extremamente necessário refletir sobre essa Encíclica.”


Para ela, nesse contexto contra a intolerância, é preciso ter um olhar de permissão a todas as condições de cidadania às comunidades tradicionais, quilombolas e à população negra. A socialista reforçou que também é preciso discutir um Brasil em que as mulheres não sejam mais violentadas, discriminadas, humilhadas, inclusive no espaço de exercício da política.

MAIS COLETIVIDADE, MENOS INDIVIDUALIDADE


Camilo comentou a importância de discutir a Encíclica em um momento que os valores individuais se impõem aos valores coletivos e sociais. “É a meritocracia selvagem que nós estamos vivendo, mas que de meritocracia não tem nada”, afirmou.

Segundo o socialista, é fundamental pensar, junto com a interpretação à Encíclica, que ninguém é descartável, ninguém pode ser deixado de lado e abandonado. No entanto, não é o que ocorre com a política atualmente. Como exemplo de descaso com os desfavorecidos, ele citou a PEC dos Precatórios. “Ela é baseada em estratégias que colocam a mentira no lugar do debate com a sociedade.”

De acordo com o parlamentar, a leitura do momento político atual é falseada o tempo todo para tentar enganar a população e perpetuar um estágio nocivo para os que mais precisam. Para ele, isso precisa ser mudado. “Acredito que é isso que o Papa Francisco defendeu na Encíclica Fratelli Tutti: uma sociedade justa e tolerante. Nós queremos fraternidade, tolerância e respeito”, declarou.