Márcio França assume Ministério e se compromete a melhorar condições de portos e aeroportos no País

Márcio França foi empossado, nesta segunda-feira (2), como ministro dos Portos e Aeroportos. Agora ele terá pela frente a responsabilidade de conduzir a pasta pelos próximos quatro anos durante o governo Lula. 

Em seu discurso, França pregou o respeito às instituições públicas e afirmou que elas devem estar a serviço do povo brasileiro, assim como os responsáveis por administrá-las. “Os acontecimentos na vida pública são passageiros. Nós estamos ministros, depois deixamos de ser. A população brasileira fez uma decisão, que é a de respeito e admiração pelo serviço público. Nós entendemos que é essencial que os particulares nos ajudem a administrar o País, mas o controle do Estado é muito importante para que tenhamos a autoridade pública com esse respeito.” 

O novo ministro disse que o desafio nessa área é muito grande, já que sob a administração da Pasta estão 35 portos públicos, com 220 terminais portuários de uso privado, 43 estações de transbordo e mais 342 terminais registrados na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Também será missão do Ministério melhorar as condições e fiscalizar os 503 aeródromos públicos, sendo 65 aeroportos certificados, além de 2.786 privados e 1.500 helipontos no País. “Para onde você olha, há muito o que fazer. Essa imensa logística é fundamental para a economia, mas tamanha riqueza e possibilidades se justificam, principalmente se gerarem empregos e qualidade de vida para a população.”      

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, compareceu ao evento, junto com a bancada do PSB para prestigiar a posse do novo ministro. Estavam presentes os deputados Felipe Carreras (PE), que será o líder do partido na Câmara neste ano, Bira do Pindaré (MA), atual líder,  Tabata Amaral (SP), Lídice da Mata (BA), Alessandro Molon (RJ), Tadeu Alencar (PE), Danilo Cabral (PE), Rafael Motta (RN), Heitor Schuch (RS), Cássio Andrade (PA), Gervásio Maia (PB), Camilo Capiberibe (AP), Rodrigo Agostinho (SP), Gonzaga Patriota (PE) e Elias Vaz (GO). O prefeito do Recife, João Campos, e seu irmão Pedro Campos (PE), eleito deputado para a próxima Legislatura, também compareceram. 

Repercussão

Felipe Carreras falou da importância do PSB ocupar espaços de protagonismo e ajudar na transformação do Brasil. “É com satisfação que vejo o nosso companheiro histórico Márcio França ocupando um ministério tão importante para o desenvolvimento social e econômico do nosso País”, afirmou.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que o Ministério está em ótimas mãos e que França fará um trabalho muito eficiente e necessário para o País. “A infraestrutura é um dos maiores desafios que ainda estamos a viver e teremos um ministro que fará um trabalho de sucesso para vencer os gargalos que essa área dispõe”, disse.

Perfil

Márcio França é um dos quadros mais importantes do PSB, onde está desde 1988. Tem sua carreira formada na cidade de Santos, onde nasceu, e ingressou na política estudantil. Foi presidente do Diretório Acadêmico da Universidade Católica de Santos e da Junta Governativa do Diretório Central dos Estudantes.  

Ainda jovem, aos 26 anos, se elegeu vereador na Câmara de São Vicente. Ele também foi prefeito do município, sendo reeleito em 2000, com 93,1% dos votos válidos. Ao final do seu mandato, alcançou 94% de aprovação popular, segundo o Ibope. Essa popularidade foi conquistada por causa das políticas públicas implantadas durante seu governo: programa de creches para atender as crianças; cursos de informática em todos os bairros; projeto de inclusão de jovens vulneráveis que reduziu a criminalidade em 72% na cidade.   

Márcio França chegou à Câmara dos Deputados em 2006 e já na primeira legislatura foi líder do PSB na Câmara. Foi reeleito em 2010 e por quatro vezes consecutivas integrou a lista dos 100 parlamentares mais influentes do Congresso, segundo o Diap. 

França foi secretário de Turismo de São Paulo durante o governo de Geraldo Alckmin. Em seguida, foi vice-governador na reeleição de Alckmin para o Executivo estadual. Mesmo como vice-governador, o socialista atuou na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, onde levou saneamento às cidades e reduziu o lançamento de esgoto no Rio Tietê.

Com a saída de Alckmin para disputar a Presidência da República em 2018, Márcio França governou São Paulo de abril e dezembro.